Autor: Monteiro Lobato
Dá vida ao que seria sua mais famosa personagem: o caboclo Jeca Tatu. Se o índio surgiu como modelo ideal do brasileiro para os escritores do Romantismo da fase indianista, a figura do caboclo aparecia como seu substituto moderno – ao que Monteiro Lobato chamou de “caboclismo”. Porém, o caboclo de Monteiro Lobato não era em nada idealizado, mas ao contrário, trazia suas características negativas enfatizadas e o seu símbolo máximo é a personagem Jeca Tatu.
A personagem de Jeca representa toda a miséria e atraso económico do país de então, e o descaso do governo em relação ao Brasil rural. Jeca Tatu foi caracterizado por Monteiro Lobato como um homem desleixado com sua aparência e higiene pessoal, sempre de pés descalços e que mantinha uma pequena plantação apenas para subsistência.
Como citar este livro:
LOBATO, Monteiro. Urupês. 11. ed. São Paulo: Brasiliense, 1959. 300 p.