Autora: Liane de Alexandre Wailla
“O SUS não tem médicos, não têm leitos e as pessoas morrem aguardando atendimento em suas enormes filas de espera”. O leitor reconhece alguma familiaridade nessas falas? Por certo, sim. Muitos brasileiros, alguma vez, já se viram impotentes diante de um sistema de saúde incapaz de suprir toda a demanda que lhe é dirigida. Sem descurar dessa triste realidade, convido-o a uma reflexão mais profunda. E se não tivéssemos o SUS? Como se daria o atendimento aos mais de 100 milhões de usuários diretos desse sistema? Seria o SUS, de fato, um sistema falido, ou existem programas e ações em saúde eficazes, mas que são escondidos pela mídia?
E, o mais importante: por que? Por que o SUS não consegue atender plenamente o direito à saúde, distanciando-se de seus próprios princípios, como a universalidade, igualdade e integralidade? Quais os entraves e os desafios que fazem dele um sobrevivente em meio às investidas políticas e econômicas historicamente dirigidas para a sua completa destruição? A que interesses atende toda essa conjuntura voltada ao desmantelamento daquilo que se tornou o maior sistema de saúde pública no mundo?
Como citar este livro:
WAILLA, Liane de Alexandre. Sus: (Sistema único de saúde): conquistas, desafios políticos e bioética. Curitiba: Juruá, 2018. 147 p.