1984

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Autor: George Orwell

Capa de Livro: 1984

Clássico de George Orwell, este romance faz uma crítica severa ao poder do Estado através da história de Winston Smith, membro do partido externo e funcionário do Ministério da Verdade –metáfora do escritor com relação ao poder que se fazia onisciente e onipresente entre os cidadãos do "mundo" que criou. Mundo este que tem seu curso alterado, a tal ponto de transformar a realidade em protagonista da trama.

Ao longo da narrativa, Winston questiona a opressão que o chamado "Partido" exercia sobre os cidadãos. O Partido era um sistema totalitário, que controlava ideologicamente os cidadãos. Se alguém pensasse diferente, seria capturado pela Polícia do Pensamento, acabaria vaporizado pelo "Big Brother" ("Grande Irmão") e desapareceria. Orwell utiliza-se de charadas e correlações nos nomes das instituições que utiliza em seu romance para simbolizar justamente o oposto, o que elas não representavam. Assim, verdade em ministério era impossível, pensamento era aprisionado pela polícia e não defendido e aplicado por ela, e o irmão era um ser unitário, que não agia no coletivo, mas conforme seus interesses.

O autor inspirou-se nos regimes totalitários das décadas de 30 e 40 para falar como o indivíduo estava se tornando uma peça-chave do Estado e do mercado que o rondava. O nome do personagem principal foi escolhido por Orwell em homenagem ao primeiro-ministro Winston Churchill e ao sobrenome mais comumente usado na Inglaterra (Smith). A obra foi escrita em 1948 e o seu título foi invertido para 1984 por pressão dos editores.

A intenção do escritor era descrever um futuro baseado nos absurdos do presente. Orwell chega a criar a "novilíngua" ("newspeak"), idioma oficial no megabloco da Oceania (Américas, Inglaterra, Sul da África e Austrália) de seu livro. Segundo ele, o mundo estava dividido em três grandes blocos –Oceania, Lestásia e Eurásia.

O novo idioma tinha o intuito de reduzir o vocabulário ao extremo para diminuir a capacidade de pensamento das pessoas. Assim, os cidadãos ficariam mais vulneráveis ao Partido e a todas às atrocidades e "crimideias" (violência ideológica) que os poderosos cometiam. O "Quarto 101", tido como o "pior lugar do mundo", era o metro quadrado onde todo homem possuía seus limites. E em um mundo onde o lema "guerra é paz" é incisivo, cada cidadão não vive em seu limite, mas no do "Grande Irmão".

Como citar este livro:

ORWELL, George. 1984. New York: Penguin Books, 1961.

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